Como Participar:

Estimados amigos, gostaríamos de poder contar com a vossa contribução neste espaço.
Assim sendo, deixem os vossos comentários ou enviem e-mails para sosaiati@gmail.com
Todas as participações construtivas seram lidas e utilizadas com toda a discrição.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

“Life is just a dream on the way to death.”

Existe uma grande diferença entre dois tipos de pessoa em tábua.
Não queria dizer que era em Tábua, talvez seja no mundo, mas Tábua é a realidade que eu conheço.
Existem pessoas que são e pessoas que gostariam de ser.
Não me estou a referir a alguém em específico, mas sim ao geral, as pessoas, na sua grande maioria, que me rodeiam, são um pouco mesquinhas...
Eu pessoalmente, sendo um jovem de 22 anos, tenho optado por ser simplesmente quem sou. O mesmo acontece com algumas outras pessoas, poucas, diga-se de passagem, mas todas elas são o que são e isso é que importa.
Para que é que nos serve sermos aquilo que alguém quer que sejamos? Para que é que serve fingir que somos assim ou assado? Isto pode parecer um pouco estranho, mas nessa estranheza é que reside a realidade da questão.
A realidade é que isto é um mundo hipócrita sem fins que sejam positivos para todos, e no final quem acaba por ser ostracizado são sempre aqueles que têm uma opinião própria, que não têm medo do que se possa dizer a respeito de si.
É um pouco triste. É até um pouco surreal. Será que somos nós que estamos mal? Aqueles que querem simplesmente um mundo melhor, mais companheiro, em que as pessoas são o que são e não têm que ter medo do que isso possa afectar a sua vida pessoal/profissional?
Será que o John Lenon é que estava errado ao escrever a imagine? Bem ele morreu por causa disso...
Será que eu estou a agir mal em escrever tudo isto de uma forma tão acessível? Será que devia ser mais erudito para que me levem a sério?
É preciso usar palavras com mais de três sílabas para que nos levem a sério?
Mas o que é que á preciso para as pessoas perceberem que não é pelo que visto que sou mais aquilo ou isto, e sim pelo que digo e pelo que faço.
O.K., sou um grande maluco, mas um grande maluco que conseguiu atrair a atenção de muita gente até ao momento em que resolvi dar a cara.
Paço a explicar: no inicio este blog (Blogue) teve uma grande aceitação, as pessoas diziam que devia "ser alguém da velha guarda", que de certeza que era alguém com mais de 40 anos, que era alguém com um Q.I. muito grande.
Agora, depois de uma pessoa que respeito muitíssimo me ter alertado para as vantagens de se dar a cara, que resolvemos dizer abertamente quem somos, as pessoas desanimaram. Ninguém quer saber de uns putos de vinte e poucos anos que escrevem umas coisas num site manhoso da Internet. Como não somos pessoas ditas "de bem" já ninguém nos liga...
Ora, na minha terra isto chama-se mesquinhes....
Para todos aqueles que ainda se preocupam mais com o que o vizinho faz, veste e com quem anda em vez de se preocupar com o que realmente interessa, ou seja, com o conteúdo dos seus pensamentos mais profundos, aqui fica um muito obrigado, pois essa vossa incompreensão é o que nos move a lutar por um mundo melhor.
Por uma Tábua melhor.



Jorge Ricardo Afonso

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

II FESTIVAL DE JUVENTUDE – Tábua XXI


II FESTIVAL DE JUVENTUDE – Tábua XXI

29 e 30 Agosto, Jardim Sarah Beirão

Foi o que esperava… (E não me interpretem mal!)

Já está. Aconteceu e só para o ano é que há mais, o que é uma pena, e esse é o maior reparo a fazer à Tábua XXI. Foram duas noites de festa em que o nosso (pobre e quase inexistente) Jardim voltou a ter vida. Tenham ou não gostado do que viram e ouviram, a verdade é que os tabuenses tiveram a oportunidade de voltar a juntar-se num espaço que devia ser nobre e está abandonado, quem sabe à espera de uma divina ordem de remodelações ou reconstrução. Quem sabe se este tipo de iniciativas (ao ar livre!!!) não tem o condão de alertar os responsáveis políticos do nosso concelho para a importância que o Jardim Sarah Beirão poderá e deverá ter para todos quantos ainda vão insistindo em fazer as suas vidas por aqui.
Foi um evento simples, sem grandes recursos financeiros, onde não se gastaram, estou certo, os milhares de euros que se desperdiçaram em artistas de qualidade bastante duvidosa que estiveram presentes na FesTábua. Duas bandas que costumam mostrar-se pelos bares da Zona Centro, um projecto de rock alternativo a dar os primeiros passos, música electrónica quanto baste e… está feito um fim-de-semana diferente onde miúdos e graúdos puderam, cada um à sua maneira, divertir-se e passar bons momentos. Ouviu-se boa música, tocada por gente que sabe o que faz e tem muito valor e, pasmem-se os mais desatentos, ao contrário dos artistas dos milhares de euros da FesTábua, não assistimos a playbacks instrumentais. Foi tudo tocado e cantado ao vivo. E bem. E mais barato… Dá que pensar, não dá?
Algumas coisas falharam em termos organizativos, é certo, mas quem faz por gosto e não por outro tipo de interesse tem todo o direito a falhar para aprender a fazer melhor nas próximas vezes. Já participei em organizações semelhantes e sei bem que as pequenas falhas estão e estarão sempre presentes neste tipo de eventos. Que venham mais festivais e outros eventos culturais para que esses erros possam ser corrigidos e para que outros apareçam e dentro de algum tempo poderemos começar a ver um trabalho associativo mais “profissional”. Uma critica, clara e concisa: com tanta gente devidamente identificada como sendo da Organização, não seria preferível explorar os bares abertos no recinto a fim de garantir um encaixe financeiro razoável para a Associação?! Dava mais trabalho, é certo, mas a verdade é que as Associações não podem viver continuamente de subsídios e todas as oportunidades são poucas para conseguir amealhar mais algum dinheiro para iniciativas futuras…
Em suma, o Festival da Juventude da Tábua XXI foi de encontro ao que eu esperava, no melhor e no pior. Posso dizer que, na globalidade, foi uma iniciativa bem conseguida. Um sucesso. Aqui ficam cinco motivos: 1º- porque conseguiu cativar a atenção de muita gente, de várias idades e estratos culturais e sociais; 2º- porque mostrou mais uma vez que o Jardim Sarah Beirão tem que ser melhorado e aproveitado para iniciativas culturais ao ar livre; 3º- porque mostrou uma vitalidade pouco conhecida numa Associação que, justa ou injustamente, tem vivido muito na sombra de outro tipo de objectivos; 4º- porque deu a conhecer projectos musicais da nossa região e nunca são demais os apoios a quem tem talento e o quer dar a conhecer; 5º- porque se cometeram erros típicos de quem está a começar e deles se tiraram, estou certo, as devidas conclusões para que as próximas organizações da Associação sejam melhores e ainda mais ambiciosas. Pena é que não se tenham cometido os mesmos erros um pouco mais cedo. Se assim fosse, a Tábua XXI já estaria num outro patamar.

Bruno Correia Nunes