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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Três dias depois...

Passados quase três anos, mais uma vez os vampiros sentem necessidade de se expressar sem pudores contra a inércia em que vive a vila de Tábua. Voltámos porque nas últimas semanas temos recebido bastantes mensagens de apoio e de força para que se recrie aqui um espaço de discussão apartidário e despreocupado, onde as pessoas possam discutir as suas ideias sem necessidade de se identificar, para que não sejam olhadas de lado na rua.
Quero antes de mais referir que os Vampiros da Pedra da Sé não têm objectivos políticos nem “tachistas”, mas antes o objectivo final de desenvolver mentalidades e discutir ideias. Nenhum dos participantes deste Blogue trabalha ou pretende trabalhar na Câmara Municipal ou na Junta de Freguesia.
Posto isto, vamos ao que interessa.
Uma das questões que se nos propuseram abrir aqui para discussões foi o recente aparecimento de organizações de “interesse público” sitos nas redes sociais, com o suposto objectivo de divulgar, promover e ajudar quem não é normalmente ajudado. Se calhar são os nossos fracos olhos de morcego, mas parece mesmo que estes sítios na internet são mecenas dos mesmos do costume, ou seja, ajudam e são ajudados pelas organizações que têm dinheiro para lançar outdoors por toda a vila, dinheiro esse que por acaso vem do estado, ou seja do nosso bolso (Ou do bolso do FMI, que também é o nosso, Arre! É sempre o nosso bolso). Deixa-mos aqui uma única questão para os autores e associados destas organizações: Estão aqui para defender os interesses dos tabuenses ou para fazer passar uma imagem bonita das vossas pessoas de modo a que os Tabuenses vos achem fofinhos e vos apoiem na vossa demanda aos cargos públicos?
Em todo caso, depois das eleições acaba-se-lhes a mama, por isso não é grave.
Esta é uma crítica controversa, bem o sabemos. No entanto, gostaríamos ainda de deixar bem explícito que não é dirigida àqueles que inocentemente acreditam neste tipo de iniciativa e que pensam realmente estar a ajudar os seus conterrâneos. Quanto a estes deixamos aqui o nosso maior respeito.
Mais um assunto de interesse geral é a nova Casa da Cultura de Tábua. Essa bela construção arcaica que combina tão bem com a paisagem que a envolve. Ironia à parte, toda a construção se torna bastante adequada quando se pensa no estado calamitoso em que se encontra o resto da vila. O Jardim botânico da Escola Secundária de Tábua, por exemplo, que já deve ter 387 espécies de ervas daninhas, ideal para qualquer discente que queira plantar a sua “ervinha” sem ser detectado. Ou ainda o Pavilhão Multi-Jantares da zona industrial, onde já devem ter passado mais pessoas para o tacho do que no melhor restaurante das docas de Lisboa. Desculpem, queria dizer Multi-Usos. Sim, porque aqui também se realizam eventos culturais: A festa das Famílias, exposições, e espectáculos musicais. Claro que estes últimos só podem ser realizados se não chover, visto que nenhum técnico de som que tenha amor ao seu trabalho se sujeita a montar colunas num local com uma acústica tão boa como uma casa de banho pública!
Mas voltando à nossa casa da Cultura, não sei se já repararam mas aquilo parece uma nave espacial quando vista de cima. Não deixa de ter lógica. Acaba por se adequar à ideia extraterrestre de acabar com o único jardim com potencial da vila. Volto ainda a afirmar que é uma forma que fica extremamente bem com o design moderno da Capela do senhor dos Milagres que, como toda a gente sabe, foi desenhada pelo arquitecto Siza Vieira.
Por último, a julgar pela imagem do projecto no site do arquitecto, se houver dinheiro para acabar a obra, ainda vão deitar o coreto abaixo para fazer um belo riacho artificial.
Pelo menos nas Festas do Senhor dos Milagres o pessoal não vai ter sede! E ainda pode tomar banho. A não ser que mudem a Festa para longe da Capela. Era boa ideia, até podiam mudar o nome, por exemplo para “Festa do estacionamento do Inter-marché” ou “Festa da zona Industrial”.



“Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada”

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